Um Novo Mito, Uma Nova Jornada para Todos Nós


Texto de 23/05/2007

Bill Moyers perguntou uma vez a Joseph Campbel, qual seria, em sua opinião, um novo símbolo mitológico significativo para a humanidade.
Este pensou, refletiu, e respondeu: _O planeta Terra, visto do espaço.
Ao apresentar sua participação no livro “Mestres da Cultura da Paz”, Leonardo Boff colocou:_Assumo como a minha a definição de paz que se encontra na Carta da Terra, de cuja redação eu participei-a paz é aquela plenitude que resulta da correta relação consigo mesmo, com a natureza, com outras vidas, com outras culturas e com o Todo do qual somos parte.
Inspirado de forma tão elevada pelas pessoas acima citadas, e respondendo ao chamado de urgência que nosso planeta e sociedade nos clama, somos obrigados a nos transformar e nos adaptar.
Meditar e acalmar e silenciar é apenas o passo inicial, o samadhi alcançado pelo bom praticante que segue os passos de Patanjali, retorna ao mundo em ahimsa, retorna ao mundo em uma ativa participação não-violenta, isto seria o Kaivalya, isto Krishna ensinou a Arjuna na Bhagavad Gita.
Isto não é novidade, o Buda ao atingir a iluminação toca a terra, e compromete-se a beneficiar os seres até o fim de seus dias, Cristo solicita o mesmo de seus apóstolos, e a ênfase na caridade de Francisco de Assis, Gandhi, Madre Teresa ou Chico Xavier nos aponta o mesmo.
Devemos trabalhar pelo próximo, educar a próxima geração através de nossos atos e exemplos, já, agora, não há mais tempo.
Para simbolizar esta dinâmica, os cinco círculos que compõem o meditante, como os cinco elementos que nos compõem (éter, ar, água, fogo e terra) permanece em nosso imagem institucional, mas agora, o meditante se relaciona com o planeta, ele busca salvá-lo para salvar-se, ele percebe a interdependência, a não-separatividade da sua existência.
Faça isto já, agora, com a sua vida. Seja ecológico, não-violento, ativo na busca de harmonia social, em cada um de seus gestos, emoções e pensamentos. Este é o caminho para a paz e realização espiritual!