Os Cinco Poderes Espirituais e o Relaxamento na Psicologia Budista

Nossa zona de conforto é sedutora.
Criamos justificativas para nos mantermos nela.
Muito esforço, desbravar o conhecido, falar sobre traumas, enfrentar medos, agir sem alastrar a própria raiva, são alguns dos desafios evitados pela maioria das pessoas.
Em minha convivência com o Professor Hermógenes, precursor da yogaterapia no Brasil, ele mesmo havia ajustado seus ensinos para não se prenderem ao excesso de relaxamento, que não havia também em seu primeiro trabalho, Autoperfeição com Hatha Yoga. Ele percebeu especialmente, que esta ideia de apenas se acalmar, pode sedimentar confortos, falhas e muita preguiça. Em seu livro, Saúde na Terceira Idade, ele mesmo traz estudos sobre exercícios de força, para gerar modificações físicas nos leitores.
Diálogos sobre os mínimos detalhes da prática e da caminha espiritual, Vitor e Hermógenes

Na curso de Psicologia Budista (saiba mais em www.cienciameditativa.com) , estuda-se os ensinos clássicos dos Cinco Poderes Espirituais, são eles:
1. Fé Confiante
A condição de acreditar e agir de acordo com a crença, se manter coerente com o pensamento. É um acreditar que os resultados de se manter na fé serão conquistados.
2. Esforço Constante
Dedicação contínua, a fé e a prática precisarão ser continuadas e mantidas. Os votos, os comprometimentos, sempre renovados.
3. Mente Atenta
Manter-se concentrado na caminhada, relacionando seus gestos e ações a seus objetivos. Ter a atenção à possível consequência de cada movimento.
4. Estabilidade Meditativa
Saber manter-se com a mente estável. Praticar o autocontrole e a estabilidade emocional.
5. Sabedoria
É o poder espiritual resultante dos anteriores, o fruto de uma caminhada.
Como pode ser visto, dedicação, esforço, trabalho, prática, e concentração são palavras e ações que garantem a caminhada espiritual. Comodismo e excessivo relaxamento, podem ser grandes armadilhas que nos produzem uma falsa sensação de paz. É nestas horas, que um bom professor pode fazer muita diferença em nos apontar quando nos deixamos desviar do caminho.
Por Vitor Caruso Jr. em Julho de 2015